Quando:
24 Agosto, 2020@9:07_10:07
2020-08-24T09:07:00+01:00
2020-08-24T10:07:00+01:00


Teatro

TEATRÃO – reposição
Teatro Sala Grande Oficina Municipal do Teatro
18 a 27 setembro
Quarta a sábado | 21h30
Domingo | 19h
 
Filme
Tabacaria Oficina Municipal do Teatro
20 e 27 setembro
Domingo | 17h
 
Bilheteira
Devido à situação epidemiológica atual é obrigatória a reserva e levantamento antecipado dos bilhetes (preferência venda online)
 

Informações, reservas:
239 714 013
912 511 302
info@oteatrao.com

Eu, Salazar

 
Estreado sob a alçada da Casa Portuguesa, no ano em que se comemoravam 50 anos da queda da cadeira, EU SALAZAR volta agora para uma curta temporada de apresentações quando faz meio século que o ditador finalmente morreu. Num presente, para muitos impossível de imaginar, onde as palavras fascismo, racismo, sexismo, populismo voltam a conviver abertamente entre nós voltamos à intuição primeira que nos obriga a falar e a debater o passado para que sobre ele não se passe a esponja.
Oportunidade ainda para assistir à fita produzida durante este projeto de intervenção por João Vladimiro e para voltarmos a fazer oficinas com os alunos das escolas secundárias sobre o espetáculo.
 

As vidas dos homens, as suas ideias, crenças e convicções confundem-se com a vida e a história de um país, com os sucessos e fracassos, com as guerras que se ganham ou perdem, com as liberdades que se conquistam ou os direitos de que se abdica. As vidas dos homens determinam a vida de um país, e as de alguns homens mais do que de outros.
A relação entre quem manda e quem é mandado é sempre complexa, cheia de paradoxos, concessões e discordâncias, de períodos tranquilos e outros mais agitados. As sujeições prolongadas vão transformando os súbditos mas também o poder a que estão sujeitos, lentamente, inexoravelmente, como num casamento longo e difícil. O que fomos e o que somos? Em que nos transformámos?
Este espetáculo não é uma aula, nem um julgamento, nem uma celebração. Não é um balanço nem um funeral, tampouco um exercício psicanalítico ou uma provocação gratuita. Este espetáculo é simplesmente uma pergunta, ou muitas perguntas, que foram nascendo umas das outras, lançadas ao acaso, dirigidas ao passado e ao futuro, perguntas difíceis e incómodas, feitas para dentro e para fora, a quem mandou e a quem foi mandado.

Nuno Camarneiro (dramaturgo)

 

 

Ficha Artística e Técnica

Encenação · Ricardo Vaz Trindade
Textos · António de Oliveira Salazar, Nuno Camarneiro E Ricardo Vaz Trindade
Interpretação · Isabel Craveiro, João Santos, Margarida Sousa e Ricardo Vaz Trindade
Criação Coletiva · Isabel Craveiro, Joana Brites, João Santos, João Vladimiro, Luís Reis Torgal, Margarida Sousa, Miguel Bandeira Jerónimo, Nuno Camarneiro, Ricardo Vaz Trindade e Rui Bebiano
Desenho De Cenografia e Figurinos ·Joana Saboeiro
Figurino Salazar · Filipa Malva
Desenho de Luz · Alexandre Mestre
Música · Filipe Raposo
Design Gráfico · Paul Hardman
Fotografia · Carlos Gomes
Cabeleireiro · Carlos Gago (Ilídio Design)
Montagem · Alexandre Mestre, Diogo Figueiredo, Jonathan Azevedo, Nuno Pompeu e Rui Capitã
Operação de Luz, Som e Vídeo · Jonathan Azevedo e Nuno Pompeu
Execução de Figurinos · Joaquim Meira E Fernanda Tomás
Interpretação em Língua Gestual Portuguesa · Andreia Esteves, Rafaela Cota Silva, Pedro Oliveira
Produção · Isabel Craveiro;
Produção Executiva · Cátia Oliveira
Direção Técnica · Jonathan Azevedo
Realização (Projeto Cinematográfico) · João Vladimiro
Teatrão 2018
M12 anos
Duração Aproximada 1h30

 

 

Cinema

Direção: João Vladimiro
 
Deste lado do projeto, a câmara acompanhou o processo de um ator em direção à sua personagem e, sobre isso, duas pessoas a tentarem encontrar o seu próprio discurso sobre uma época, um regime e o homem à frente desse regime, neste caso a personagem da peça “Eu Salazar”. Drº Oliveira Salazar, “Ti-ti” pra uns, “Toninho” para outros e sr Dr. para a maioria; quem foi este homem?
Pegando na narrativa do sacrifício, o Ricardo lembrou-se de fazer caminhadas entre os locais significativos do percurso identitário desta personagem. Saímos de casa, e fomos de transportes em direção ao Vimieiro, daí a pé até Viseu; passamos por Coimbra, e acabamos em Lisboa, mais concretamente no Forte de S. João do Estoril.
Eu fui gravando conversas informais de fim de dia de trabalho ou desabafos estilo Big Brother, que fomos tendo ao longo do processo para ajudar a construir este objeto. Filmamos muito. Será um filme? Na minha opinião temos material para uma série, mas não sei se passa no lápis azul da televisão?! Estaremos prontos para largar esta figura?

João Vladimiro

 
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