Quando:
6 Outubro, 2021@8:58_9:58
2021-10-06T08:58:00+01:00
2021-10-06T09:58:00+01:00


COCRIAÇÃO
ASTA Teatro
COVILHÃ
Baal 17
SERPA
d’Orfeu
ÁGUEDA
Teatrão
COIMBRA
 
Cocriação: Asta, Baal17, d’Orfeu e Teatrão
No âmbito da Plataforma Descampado https://adescampado.org/
 
Temporada:
21 abril
Cineteatro Municipal de SERPA
23 abril
Cineteatro Municipal de CASTRO VERDE
29 e 30 abril e 1 maio
Oficina Municipal do Teatro – COIMBRA
6 maio
Teatro Municipal da COVILHÃ
 
ATIVIDADES PARALELAS
Ciclo de Conferências Democracia – um conceito em (r)evolução?
Democracia e Desenvolvimento
 
Ana Piedade (Antropóloga/IPB)
Gonçalo Guerreiro (Encenador)
Helena Inverno (Cineasta/aluna IPB)
José Carlos Albino (ativista desenvolvimento territórios/ESDIME)
Paulo Barriga (Jornalista e moderador)
 
Conferência produzida em parceria com Instituto Politécnico de Beja
Cineteatro Municipal de Serpa
21 de Abril, 18h
Entrada Livre
 
Informações: 239 714 013 (Chamada para a rede fixa nacional)
912 511 302 (Chamada para a rede móvel nacional)
info@oteatrao.com

REVOLUTION (TÍTULO PROVISÓRIO)

 

O POVO UNIDO – Asta, Baal17, d’Orfeu e Teatrão

Águeda, Coimbra, Covilhã e Serpa são territórios – casas da d’Orfeu, Teatrão, ASTA e Baal17. Estas estruturas, todas com trabalho artístico, pedagógico e comunitário há mais de 20 anos, decidiram desafiar-se a uma coprodução que sozinhos não poderiam nem queriam fazer. Porque o desafio era conhecerem-se, trocarem processos e metodologias de trabalho e afirmar a importância da atividade artística descentralizada e enraizada que todos desenvolvem com os seus públicos. Era também revolver o presente para tentar encontrar nele algo dos 50 anos de Abril. Era também convocar o coletivo, encher o palco e os bastidores de força e energia e alegria e trabalho e esperança e camaradagem. Volvidos 50 anos precisamos de sorver Abril para encontrar um sentido para o caminho. E unidos temos menos probabilidades de sermos vencidos.
 

TEXTO ORIGINAL – Tiago Alves Costa

Em “Revolution – Título Provisório”, o meu processo criativo consistiu em desafiar as percepções comuns sobre o conceito de revolução, especificamente em relação à Revolução dos Cravos – um evento histórico tão importante que muitas vezes é romantizado ou idealizado superficialmente. Para tornar isso possível, trabalhei em estreita colaboração com o encenador Gonçalo Guerreiro, reinterpretando a história de forma criativa. Através de uma abordagem colaborativa e da exploração do pensamento do filósofo Daniel Innerarity, concebi cenários, espaços, situações, vozes e corpos, ritmos e modos de sentir e pensar, mapeando a sociedade atual como um veio transfigurador que evoca as forças criadoras para criar uma experiência teatral singular e única. Em “Revolution – Título Provisório”, não estamos simplesmente a recriar a atmosfera da época da Revolução dos Cravos. Em vez disso, criamos um caminho imaginativo e muitas vezes surrealista, cujo desafio é repensar as nossas próprias compreensões da história e do processo democrático que se seguiu. Da mesma forma, o texto leva-nos numa jornada inesperada através de situações absurdas, irónicas e provocadoras, mas também afetivas e humanas, que nos desafiam a refletir sobre as escolhas políticas e sociais da época e como podemos forjar um futuro mais justo e equitativo para todos. Assim, proponho também revigorar a nossa realidade, numa espécie de alegria subversiva contra a pulsão da barbárie: uma experiência teatral intensa e estimulante que produza novas éticas e formas de pensar, que vá além do simples entretenimento e busque provocar reflexões profundas sobre a complexidade da nossa sociedade e do nosso mundo atual.
 

DRAMATURGIA, ENCENAÇÃO E CENOGRAFIA – Gonçalo Guerreiro

A ASTA, a Baal17, a d’Orfeu AC e O Teatrão lançaram-me o desafio de criar um espectáculo /celebração dos 50 anos da revolução portuguesa do 25 de abril que refletisse sobre o exercício das democracias actuais usando como inspiração o pensamento filosófico de Daniel Innerarity. Em cena estariam desasseis pessoas, entre actrizes, actores e intérpretes musicais. O resto era um mistério a desvendar pela subjectividade da minha imaginação, como eu tanto aprecio. Muito obrigado pela confiança.
A obra do filósofo Basco ajudou-me a definir uma criação que projectasse o futuro, que nos ajudasse a visualizar o destino a evitar e a não perder a esperança num povo unido a defender a liberdade. A principal ameaça das democracias contemporâneas é sem dúvida a simplicidade. Os partidos tradicionais deixaram de ter respostas para os problemas mais complexos e a extrema direita beneficia-se disso porque é apologista da uniformidade, da simplificação e do infantilismo dos antagonismos que pretende implantar através de medidas autoritárias, xenófobas, machistas e violentas. Ao mesmo tempo, estamos a construir um mundo no qual existe um combate constante por chamar a atenção e onde o exercício político assume moldes altamente exibicionistas e oportunistas. Pondo em valor as propriedades pessoais do líder disfarça-se a complexidade governativa, recupera-se uma aparente inteligibilidade política e acentua-se o seu valor de entretenimento. Este sentido de distracção acabou por marcar toda a composição dramatúrgica do espectáculo e espero que reclame o sonho como matéria consciente de comedimento político.
“Revolution” é um título provisório porque talvez não seja necessária uma revolução hoje em dia, ou talvez não seja possível, ou as reformas que as democracias contemporâneas necessitem não se circunscrevam no termo “revolução”. Mas caso cheguemos à conclusão de que uma revolução é necessária, será melhor anunciá-la em inglês para que o desejo seja global e transporte a esperança de um povo decididamente unido para vencer.
A minha práctica artística baseia-se numa forte relação do corpo com o espaço e o objecto, em que o primeiro funciona como uma figura que necessita um fundo do qual se possa destacar, assumindo uma herança directa das artes visuais. O elemento fundador é sempre um dispositivo cenográfico habitado pelas referências espaciais onde os corpos possam existir. Dentro desta lógica estructural, a cenografia de REVOLUTION (título provisório) surgiu motivada por todos os obstáculos presentes no quotidiano colectivo e em estreita relação com a noção de política- entretenimento: O espaço público inundado pelo privado, o político-aparência, as crescentes dificuldades na opção eleitoral, a falta de informação, o abismo e a humilhação social. Neste ponto estavam criadas as condições para que o texto pudesse surgir e integrar-se num todo ético e formal. Um texto com responsabilidades temáticas em formato poema e que não fosse convocado a assumir funções narrativas. Do diálogo entre as palavras e o contexto físico nasceu uma imagética que finalmente ganhou corpo, voz, som, cor e forma.
Foi com um enorme entusiasmo que uma vez mais tive a ocasião de trabalhar com a escrita do meu amigo Tiago Alves Costa. A mesma satisfação com que pela primeira vez guiei os gestos e os movimentos das actrizes e dos actores ao som das melodias do Artur Fernandes, que construí texturas com os figurinos da Filipa Malva e que descobri os segredos da cenografia ainda por revelar graças à iluminação do Pedro Fonseca.
Quero agradecer à Patrícia Lestre a mestria com que fez nascer as vozes cantadas das suas companheiras e companheiros em cena; e ao Fabrice Ziegler, incansável na pesquisa e construção dos adereços, nas provas incessantes de cor e numa generosa atitude em dar coerência estética a todo o conjunto teatral. Por último, um obrigado cheio de carinho a todo o elenco, um conjunto de pessoas fascinantes que tive junto a mim horas a fio nas salas de ensaio, criando, interpretando e ajudando-me a perceber o grau de pertinência das propostas que lhes fui fazendo, sempre com uma disponibilidade louvável e um compromisso exemplar. É o grupo que me faz acreditar na solidariedade, no futuro e no poder transformador da criação artística.

O autor escreve de acordo com a antiga ortografia
 

DIREÇÃO MUSICAL – Artur Fernandes

Uma equidistância entre desafio e responsabilidade, um equilíbrio entre utopia e liberdade. Foram estas as sensações que me cingiram quando aceitei o desafio do mano mais novo: escrever música para um espetáculo de teatro, com música ao vivo, a celebrar o cinquentenário da revolução.
Configurámos a orquestra, não com instrumentos, mas com pessoas que tocam instrumentos. Ficou esquisita a invenção: Acordeão, Saxofone, Trombone e Ukelele!
Tentei então desenhar um som que memoriasse o futuro, mais do que projetasse o pretérito, que evidenciasse mais a utopia do que o estilo, mais o conteúdo do que a forma. Um som que apaixonasse quem o tocasse e que almejasse o encantamento por quem se deixasse tocar. Esse foi o desígnio.
 

CRIAÇÃO DE FIGURINOS – Filipa Malva

Partindo das cores definidas pela encenação e cenografia, o desenho de figurinos centra-se no contraste cromático entre tons neutros do coro e o vermelho do cenário. A diversidade de corte e forma facilita o movimento no espaço e lembra que cada corpo, fazendo parte de um todo, tem uma individualidade essencial. Mais tarde no espetáculo o coro de cores neutras desaparece para dar lugar a um brinde à Democracia, que veste múltiplas camadas de azul turquesa, e o Xerife, de cinzento se destacam, dissonantes, da celebração a vermelho. Ela, celebrada mas cansada, ainda de esperanças, e ele, mandador do poder, uma sombra que já se estende sobre todos. Do povo/coro apenas fica um, de beije, que corre para se fazer ouvir.

 

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA

TEXTO: Tiago Alves Costa
ENCENAÇÃO, DRAMATURGIA E CENOGRAFIA: Gonçalo Guerreiro
INTERPRETAÇÃO: Beatriz Mendes (trombone), Carmo Póvoas Teixeira, Carolina Carvalhais, David Meco, Edmilson Gomes, Eva Tiago, João Gomes, Marco Ferreira,
Mónica Tavares, Patrícia Lestre (ukelele, voz), Rodrigo Neves (saxofones), Rui Ramos, Sandra Serra, Sérgio Novo, Sónia Sobral (acordeão) e Teosson Chau
COMPOSIÇÃO ORIGINAL E DIREÇÃO MUSICAL: Artur Fernandes
DIREÇÃO VOCAL: Patrícia Lestre
DESENHO DE LUZ E DIREÇÃO TÉCNICA: Pedro Fonseca
FIGURINOS: Filipa Malva
ADEREÇOS: Fabrice Ziegler
FOTOGRAFIA: Fabrice Ziegler e Ana Filipa Flores
GRAFISMO: Paul Hardman
COMUNICAÇÃO: Ana Filipa Flores, Isabel Craveiro, Sandra Serra, Rui Pires
CONSTRUÇÃO CENOGRAFIA: José Baltazar
OPERAÇÃO SOM: Rui Oliveira
COORDENAÇÃO PRODUÇÃO: Isabel Craveiro
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Helder Rafael Carvalho
DUR. 1h30min
CLASSIFICAÇÃO: Maiores de 16 anos (contém nudez)
A ASTA, a Baal17, a d’Orfeu e o Teatrão são estruturas financiadas pela
Direção‑Geral das Artes

 

ASTA
A ASTA – Associação de Teatro e Outras Artes, foi fundada em 2000. A sua identidade está assente numa cultura transdisciplinar, que tem por base o teatro. Desde a sua origem procura a originalidade e a diferença, numa constante procura de novos métodos e linguagens, seja reinventando clássicos ou criando a partir do espaço vazio. O seu trabalho é bastante diversificado, centrando-se em cinco eixos principais: Criações; Circulação; Festivais/Programação; Serviço Educativo e Projetos de Investigação.
Anualmente organiza quatro festivais: contraDANÇA – Festival de Dança e Movimento Contemporâneo (12 edições) que tem decorrido simultaneamente em vários municípios (Covilhã, Gouveia, Fornos de Algodres, Seia, Castelo Branco, Fundão, Belmonte e Santa Maria da Feira); PORTAS DO SOL – Festival de Artes de Rua (3 edições); Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior (26 edições) e a ensinARTE – Mostra de Teatro Escolar (10 edições).

 

BAAL17
A Baal17 – Companhia de teatro, está sediada em Serpa, desde 2000, com o objetivo estrutural de fomentar o interesse das populações pela cultura em geral e pelo teatro em particular, interligando a Companhia com as escolas, a comunidade e as mais variadas entidades nacionais e internacionais. A sua atividade desenvolve-se em três áreas: A criação teatral e a itinerância (produziu até hoje 50 espetáculos de teatro); a Programação (NNN – Noites na Nora: evento multidisciplinar que comemora em 2022 a 23.ª edição; e Cenas de Novembro – Encontro de Teatro); e a Educação, onde desenvolve o programa de Teatro, Educação e Comunidade (TEC). Deste programa fazem parte um conjunto variado de iniciativas que, junto de diversas instituições locais e regionais, permitem aproximar o público do objeto artístico. Tirando partido de diversas técnicas e metodologias pedagógicas e artísticas, TEC promove a experimentação, a reflexão, o contacto com o outro, e sobretudo o encontro de ideias e pessoas.

 

D’ORFEU
A d’Orfeu é uma associação cultural que iniciou a atividade em 1995 em Águeda com o objetivo de dinamizar atividades culturais através da música e da sua relação com todas as outras formas de expressão. Nos primeiros anos dinamizou energicamente a formação das músicas tradicionais, rurais e urbanas, apresentando inovadores olhares sobre a tradição e organizou espólio documental. Nos anos seguintes, depositou atenção na criação de variadíssimos eventos públicos como os festivais temáticos com a perspicácia constante de apresentar oferta cultural normalmente alternativa em Portugal. A d’Orfeu tem vindo a dedicar-se ao reforço e à dinamização de recursos de apoio à criação e desenvolvimentos artísticos. Geograficamente expandida, tanto pelas relações que foi sustentando local e internacionalmente como pela diversidade de interesses, a associação ultrapassa hoje o seu espaço físico através de todos os seus sócios, amigos, alunos, parceiros, etc que pela sua atividade multirelacional representam uma vontade muito humana: a de questionar a cultura que temos, baralhar criativamente e voltar a dar.

 

TEATRÃO
O Teatrão foi fundado em 1994, dedicando-se à criação de espetáculos e atividades pedagógicas para a infância, inexistentes até então na cidade de Coimbra. Após a Capital da Cultura de Coimbra, em 2003, instalou-se no Museu dos Transportes. A possibilidade de programar trouxe-nos oportunidade de desenvolver dinâmicas para públicos mais diversos, fundamentais para a evolução do projeto e que transformaram este espaço provisório numa das principais salas de espetáculo da cidade. Em 2008 assume a Oficina Municipal do Teatro, transformando este espaço num polo dinâmico de programação cultural, proporcionando à cidade espetáculos dos mais variados géneros e para diferentes públicos, iniciando um projeto que assenta na relação aberta e informal com todos os agentes, parceiros e públicos da cidade e do país, ampliando a sua oferta educativa e explorando diferentes formas teatrais nas suas criações. Em 2014 concebe a Rede Artéria – criação e programação – que operou em 8 municípios da Região Centro. Atualmente distinguem-se por ser um projeto empenhado na criação teatral que afirme a qualidade dos seus profissionais e desafie os públicos, cruzando-os com os seus projetos pedagógicos e os projetos de mediação e participação das comunidades. O Teatrão é o único espaço acessível da cidade, com LGP e Audiodescrição. A OMT integra a RTCP e a Rede de Teatros de Programação Acessível. Ajudou a criar e faz parte da direção da Descampado, rede de estruturas das Artes Performativas de todo o país, descentralizadas e com lógicas inovadoras de cooperação, sustentabilidade e valorização dos territórios.

 

ATIVIDADES PARALELAS

CONFERÊNCIAS

“Democracia – um conceito em (r) evolução? – Desenvolvimento e democracia”

21 de abril I 18h00 I Cineteatro Municipal de Serpa
 
A Baal17 associou-se ao Instituto Politécnico de Beja/Escola Superior de Educação – e, em particular, ao Mestrado de Desenvolvimento Comunitário e Empreendedorismo – para refletir sobre as idiossincrasias da relação entre desenvolvimento e democracia.
 
Os elos de ligação e de desunião entre cidadania e desenvolvimento local em tempos de democracia são mote da reflexão sob a forma de mesa-redonda moderada pelo jornalista Paulo Barriga, e que conta com os seguintes oradores:
 
Gonçalo Guerreiro. Encenador do espetáculo REVOLUTION (Título provisório);
Ana Piedade. Coordenadora do curso de mestrado em desenvolvimento comunitário e empreendedorismo do IPBeja – antropóloga ;
Helena Inverno. Cineasta, produtora de cinema independente e agente cultural, mestranda em Desenvolvimento Comunitário e Empreendedorismo do IPBeja;
José Carlos Albino. Ativista do desenvolvimento territorial foi fundador da associação de desenvolvimento local ESDIME e presidiu à ANIMAR.
 
Organização

 
Oradores
Gonçalo Guerreiro. Encenador, assina a encenação e a dramaturgia de REVOLUTION (Título provisório). É diretor artístico do Elefante Elegante, em A Coruña, Galiza, Espanha. Licenciado em Formação de Atores pela Escola Superior de Teatro e Cinema e graduado e em Teatro do Movimento pela École Lassaad, em Bruxelas.
 
Ana Piedade. Doutorada e mestre em Antropologia; Professora coordenadora do IPBeja/ESE no Departamento de Educação, Ciências Sociais e do Comportamento. Investigadora Integrada do CRIA. POLO FCSH/UNL – Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais e do Laboratório de Animação Territorial, IPBeja.
 
Helena Inverno. Cineasta, artista transdisciplinar, produtora de cinema independente e agente cultural. Graduada na emblemática School of Arts & Design Central Saint Martins College University of Arts London e com uma pós-graduação em Ciências da Comunicação da Univ. Nova de Lisboa, Helena Inverno cedo viu as suas obras circularem em galerias de arte, museus e festivais, tendo sido premiada na Suíça, Canadá e Portugal. É mestranda em Desenvolvimento Comunitário e Empreendedorismo do IPBeja.
 
José Carlos Albino. ativista territorial. De Messejana, dos três costados, partiu para Lisboa onde com a família, fez o Liceu e Universidade. Nesses tempos foi iniciando ativismo socio – político contra a Ditadura e pela Democracia Plena. De Dirigente do nacional Movimento Cooperativo, atira-se no Projeto de Formação de Micro regiões Rurais. Funda a ESDIME, preside à ANIMAR e indo sendo um permanente desafiador com 69 anos.
 
Moderação
Paulo Barriga. Jornalista. Iniciou a carreira em 1984 no movimento das “rádios livres”. Integrou redações e publicou em vários jornais e revistas, nomeadamente O Independente, Grande Reportagem, Correio da Manhã, Visão, Expresso, Sol, Diário de Notícias, Volta ao Mundo ou Diário do Alentejo, de que foi diretor. É colaborador da revista Sábado.

 

“Participação e Democracia”

28 de abril · 18h · Oficina Municipal do Teatro
 
O Teatrão e o projeto UNPOP/Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, organizam esta conferência pretendendo refletir sobre a forma e a qualidade da participação democrática das sociedades atuais. O projeto UNPOP, coordenado pelo investigador Cristiano Gianolla – curador e moderador desta conferência – tem vindo a dissecar as narrativas da emoção populistas e o seu impacto no comportamento político dos cidadãos e, por isso, pareceram-nos o parceiro perfeito para olhar a evolução da participação cidadã no exercício da democracia em Portugal desde 1974. Participarão ainda:

 
Gonçalo Guerreiro. Encenador, Dramaturgo e responsável pela Cenografia do espetáculo REVOLUTION (Título provisório); É diretor artístico do Elefante Elegante, em A Coruña, Galiza, Espanha. Licenciado em Formação de Atores pela Escola Superior de Teatro e Cinema e graduado e em Teatro do Movimento pela École Lassaad, em Bruxelas.
 
Marcela Uchôa. Investigadora do Instituto de Estudos Filosóficos da UC. Doutora em Filosofia Política pela Universidade de Coimbra, mestre em Filosofia, licenciada em Direito e Filosofia. Possui especialização em Direitos Humanos e estratégias para paz pela Universidade C’a Foscari – Veneza. Colunista regular no Público. Foi professora universitária nas áreas de filosofia do direito, ética, filosofia da educação e direitos humanos na Faculdade do Vale do Jaguaribe e Faculdade Cearense. Ativista de DH, feminista e anticapitalista com trabalhos de ação humanitária em Lesbos (2016) e Palestina (2017), com especial interesse no acolhimento de mulheres e crianças. No ativismo académico foi vice-presidente da Associação dos pesquisadores e estudantes brasileiros em Coimbra APEB-Coimbra 2016- 2017, e membro da EBRAC-Coimbra (Esquerda Brasileira em Coimbra).
 
Tiago Alves Costa. É poeta, escritor e tradutor. Publicou Žižek vai ao Ginásio (Através Editora, 2019 / Macondo Editora, 2020 (Brasil), – Menção de Honra no Prémio Internacional de Poesia Glória de Sant´Anna 2020, Mecanismo de Emergência (Através Editora, 2016) – Menção de Honra no Prémio Internacional de Poesia Glória de Sant´Anna 2017 – e o livro de contos W.c constrangido (Grupo Criador, 2012). A sua obra apareceu publicada em diversas antologias e tem colaborações no cinema. Em 2021 estreia-se na escrita para teatro com a peça “O Cubo” produzida pela companhia galega “Elefante Elegante”. Participa frequentemente como Professor Convidado em cursos de Escrita Criativa nas EOI da Galiza, desde 2017. Desde 2021 que coordena o departamento de comunicação da Através Editora (chancela editorial da Associação Galega da Língua). É editor e co-director da revista digital de artes e letras Palavra Comum, desde 2018. É membro da Associação Galega da Língua (AGAL) e o primeiro português a fazer parte da Asociación de Escritoras e Escritores em Lingua Galega (AELG). Licenciou-se em Publicidade pelo ISCET (Portugal) com uma Pós-Graduação em Criatividade e Inovação pela Tompkins Cortland Community College (E.U.A).
 
Vanda Amaro Dias. Doutora em Relações Internacionais: Política Internacional e Resolução de Conflitos pela Universidade de Coimbra, é investigadora do Centro de Estudos Sociais, integrada na linha temática Capitalismo (Semi) Periférico: Crises e Alternativas, e Professora Auxiliar de Estudos Europeus na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC). É ainda Subdiretora do Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes da FLUC, Coordenadora da Secção de Estudos Europeus e Subdiretora da Licenciatura em Estudos Europeus. Os seus principais interesses de investigação incidem sobre os estudos para a paz, estudos de segurança, política externa, União Europeia, Rússia e Europa de Leste (Ucrânia, Moldova e Bielorrúsia).
 
CURADORIA/MODERAÇÃO
Cristiano Gianolla. Investigador do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (UC), onde integra a linha temática em Democracia, Justiça e Direitos Humanos. Cristiano é Investigador Principal do projeto UNPOP (FCT, 2021-2024) co-fundador do “Grupo Inter-Temático sobre Migrações”, co-coordena o grupo de investigação “Epistemologias do Sul” e editor coordenador do Alice News. Cristiano leciona “Teorias e Instituições Democráticas”, e “Diálogo Intercultural Crítico” na Faculdade de Economia da UC e os seus atuais interesses de pesquisa focam a temática das emoções e narrativas em processos democráticos.
 

 

“Cultura e Democracia”

5 de maio · a partir das 10h · Universidade da Beira Interior
 
Jornadas Cultura e Democracia
Universidade da Beira Interior, Faculdade de Artes e Letras, Departamento de Letras.
Anfiteatro da Parada. A ASTA e a Universidade da Beira Interior – FAL– Dpto. de Letras são parceiros na organização desta Jornadas que pretendem responder à provocação de olhar e refletir sobre a relação entre Cultura e Democracia.
 
10h00 – Abertura
André Barata – Presidente da Faculdade de Artes e Letras.
Ana Rita Carrilho – Presidente do Departamento de Letras
 
10h30 – Apresentação Projeto ‘REVOLUTION – Título Provisório’.
Rui Pires – ASTA (Associação de Teatro e Outras Artes) e Isabel Craveiro – Teatrão.
Gonçalo Guerreiro – Dramaturgia, Encenação e Cenografia.
 
11h00
“Palavras em liberdade de movimento: a poesia portuguesa e a Revolução dos Cravos.”
Cristina Vieira (UBI- Departamento de Letras) Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas– Estudos Portugueses e Franceses e mestre em Estudos Portugueses e Brasileiros pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, doutorou-se na Universidade da Beira Interior em 2005, onde é professora do Departamento de Letras desde 2000. É membro integrado do CLP da Universidade de Coimbra e colabora no CEIL/IELT, da Universidade Nova de Lisboa. É especialista na personagem romanesca, no romance histórico e no escritor português contemporâneo Fernando Campos. Tem publicados os livros A Construção da Personagem Romanesca: Processos Definidores (Colibri, 2008) e O Universo Feminino n’A Esmeralda Partida de Fernando Campos (Difel, 2002). Tem múltiplos capítulos de livros em várias antologias e diversos ensaios em revistas da especialidade, a exemplo da Colóquio/ Letras, Convergência Lusíada (R.J.), Lusorama (Frankfurt) ou Abusões (UERJ), com temas ligados sobretudo à literatura portuguesa, angolana e brasileira contemporâneas.
 
“Visibilidade e silenciamento em contextos artísticos.”
Luís Herberto (UBI – Departamento de Artes) É licenciado em Artes Plásticas/ Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, com especialização em Desenho. Em 2014 obteve o grau de Doutor em Belas-Artes/ Pintura, Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL, 2014), com a tese Imagens interditas? Limites e rupturas em representações explícitas do sexo no pós-25 de Abril. É professor na Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior desde 2003, no Departamento de Artes. Trabalha com incidência na interação entre questões de género, sexualidade, provocação e arte. Está representado nas coleções do Museu de Angra do Heroísmo (MAH), da Biblioteca/ FCT da Universidade Nova de Lisboa, ISPA-Instituto Universitário, Fundação Dom Luís/ Cascais, Museu da Guarda, Museu de Setúbal e diversas coleções particulares.
 
“Redemocratizar a democracia, uma revolução provisória necessária.”
Luís Madeira (UBI – Departamento de omunicação, Filosofia e Política). É licenciado em Assuntos Públicos e Internacionais pela Universidade Católica de Lovaina, fez estudos pós-graduados na Escola de Estudos Asiáticos e Africanos da Universidade de Londres e obteve o grau de Doutor em Ciência Política no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Montesquieu de Bordéus. Atualmente, é professor do Departamento de Comunicação, Filosofia e Política da Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior. Tem investigado e publicado, de modo consistente, no quadro do processo de reavaliação da natureza das políticas públicas coloniais conduzidas por Portugal nos continentes asiático e africano, bem como no da reflexão sobre os comportamentos patológicos que afligem as democracias liberais contemporâneas. No quadro do seu envolvimento cívico, tem desenvolvido atividade no CIDAC – Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral, na extinta CDPM – Comissão para os Direitos do Povo Maubere, no FSP – Fórum Social Português e na Associação de Amizade Portugal Sahara-Ocidental.
 
Organização
Rui Pires
Ana Rita Carrilho David Santos
 

 

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Foto: ©Fabrice Ziegler