Estamos no caminho do Verão para o Inverno, Outubro é o mês de combater a melancolia do fim do calor com novos projetos. Começam as aulas na OMT, começam novos ciclos do projeto Teatro e Memória e do projeto A MEU VER. Abrimo-nos para receber os dinamarqueses do coletivo IKARUS STAGE ARTS. Mas estamos também no caminho, na transição, entre narrativas. Da metáfora da CASA (2017-2021), das suas várias escalas e acutilantes significados que tanto nos inspiraram nas últimas criações, caminhamos para o desafio artístico dos próximos 4 anos a que chamamos “Tempo de…”. A frase, propositadamente incompleta, abre várias possibilidades de verbos de ação. Coloca-nos também perante o desafio de transformação da nossa relação com o tempo.
Outubro é o mês de estreia da nova criação do Teatrão. “Os cadáveres são bons para esconder minas” é a transição perfeita entre estes dois andamentos CASA e TEMPO: um espetáculo que aborda a Guerra Colonial no tempo presente, dando protagonismo às gangrenas que se formam a partir de feridas infetadas e ignoradas.
A Mostra São Palco entra por Outubro na esperança de, no dia 12, recebermos a Companhia do Tijolo já, esperamos, num novo enquadramento político no Brasil.
A música na Tabacaria transita entre estilos e linguagens para poder chegar a mais e infinitos lugares. Estamos no caminho, entre tempos, com coragem.