© 2024 Teatrão – Companhia de Teatro, Coimbra
A Grande Emissão do Mundo Português é o segundo capítulo da Casa Portuguesa do Teatrão, o conjunto de produções, debates e estudos que a companhia produz atualmente sobre o Estado Novo. Depois de Eu Salazar, o foco transfere-se agora para a Emissora Nacional (EN) e para o seu papel na difusão da ideologia do Estado Novo, especialmente no período em que António Ferro assume a sua direção. Interessam-nos as correlações entre a política cultural do estado e a programação da EN, nomeadamente nas estratégias de “encenação” do regime e nos processos de aportuguesamento. A grande alteração dos meios de produção da EN para atingir estes objetivos, o seu sucesso e duração são pistas para a interpretação da transformação sociocultural operada no nosso país pelo Estado Novo. No confronto com o presente, este material permite-nos uma reflexão crítica sobre as novas vagas populistas, a influência dos meios de comunicação de massa na propagação de ideais que atualizam as ditaduras como soluções inevitáveis para os males sociais e conduzem a encenação das realidades.
Sinopse
Num estúdio da Emissora Nacional, cinco trabalhadores levam a cabo um programa que dura 21 anos de vida de um país, numa 1h30m de emissão. O seu início, em 1940 (ano em que o regime inaugura em Belém, à beira do Tejo, a grande Exposição do Mundo Português – sumptuosa feira de vaidades “para português ver”, que celebrou o país português que não combatia na Segunda Grande Guerra, mas ia do Minho a Timor), é marcado pela mudança na direção da Emissora: a saída de Henrique Galvão e a entrada de António Ferro. O programa passa então a ser coproduzido com a Frente Nacional para a Alegria no Trabalho, procurando “educar sem aborrecer a nação”. O público em estúdio assiste ao programa, que segue um alinhamento variado, com bonitas atrações para entreter as famílias e não aborrecer, nunca aborrecer nem sair do lugar.
Jorge Palinhos
Isabel Craveiro em cocriação com os atores
Manuel Deniz Silva e Pedro Russo Moreira
Ana Bárbara Queirós, Celso Pedro, Isabel Craveiro, João Santos, Margarida Sousa
Filipa Malva
Jonathan Azevedo
Luís Figueiredo
Cristina Faria
Daniel Bernardo
Sérgio Gomes
Paul Hardman
Rui de Almeida
Pedro Ribeiro e João Conceição
Carlos Gomes
Carlos Gago (Ilídio Design)
José Baltazar
Cristovão Neto
Fernanda Tomás
Diogo Figueiredo, Jonathan Azevedo, Nuno Pompeu
Jonathan Azevedo, Nuno Pompeu
Afonso Abreu
Cátia Oliveira
Jonathan Azevedo
Luís Marujo, Margarida Sousa
Andreia Esteves, Pedro Oliveira e Rafaela Cota da Silva (intérpretes profissionais), Ana Jacinta Neves, Catarina Abrantes, Cedson Furtado, Joana Lopes, Rita Costa e Sofia Soares (alunos do 3º ano da Licenciatura em Língua Gestual Portuguesa da ESEC)
Beatriz Guinapo, Clara Alves, David Meco, Isabel Batista, Filipe Gomes, Gabriela Martins, Hélder Carvalho, Inês Amaro, Laura Costa, Margarida Quadros, Maria José Silva, Madalena Jaleco, Maria Apóstolo, Mariamar Almeida, Mariana Martins, Mariana Matos, Matilde Pereira, Pedro Borges, Sofia Rosado, Verónica Simões
Angelina Rodrigues, Caminhos do Cinema Português (Tiago Santos), Centro Popular de Trabalhadores de Sobral de Ceira, CHUC, Conceição Antunes, ESEC, INATEL, Miguel Rocha, Pedro Lamas, Pedro Serra, Tecidos de Coimbra (Michel Santos), Pedro Ribeiro e João Conceição
Teatrão (2018)
© Carlos Gomes
M/12
90 minutos