© 2024 Teatrão – Companhia de Teatro, Coimbra
Um escaravelho da batata, com nome de poeta e com muito que fazer, é quem nos apresenta as histórias de Manuel António Pina. É um mundo de pernas para o ar, não se vê já?
Correndo muitas histórias e muitos poemas, este “Manuel” leva-nos de volta à infância como se ela fosse uma casa. Regressar é sempre a melhor parte de sair, vamos ficar a saber. Manuel, o escritor, gostava do infinitamente grande e do infinitamente pequeno. Gostava de admirar a lua, como o marinheiro de uma das histórias. Este “Manuel” também se senta a admirar o infinito e é feito com coisas pequenas que cabem na palma da mão e com coisas grandes onde cabemos inteiros. Um baloiço, um barco, um palácio ou a lua.
Desta porta (como se estivesse aqui uma) para dentro, as palavras são cubos de brincar. Ou então são umas criaturas que, de tanto andarem perto umas das outras, às tantas se juntam demasiado e ficam coladas e misturadas. “Gigões e Anantes” e o “Anaversário da Ana” não são capa de jornal aqui! Ninguém se assusta se um príncipe e uma princesa estiverem fartos de estar felizes para sempre! Desta porta para dentro a estranhidão é normal, seja lá isso o que for. Então, querem entrar?
Este espetáculo começa a existir em 2016, quando o Teatrão transforma a sua programação para a infância numa viagem de 4 anos pelos textos de autores portugueses. A partir das palavras de Sophia de Mello Breyner criou-se o mundo mágico de “Sophia”. Agora, com as palavras de Manuel António Pina, nasce um quebra-cabeças transparente: “Manuel, ou Como se desenha uma casa”.
Isabel Craveiro
João Santos, Margarida Sousa
Jonathan de Azevedo
Ana Maria Biscaia
Filipa Malva
Mariana Pardal
Paul Hardman e Miguel Cruz
Carlos Gomes
José Baltazar
Fernanda Gonzaga Tomás
Carlos Gago, Ilídio Design Cabeleireiros
© Carlos Gomes
M/4
45 minutos