© 2025 Teatrão – Companhia de Teatro, Coimbra
“Almalaguês” é um espetáculo-caminhada com a comunidade e é a nova criação do Teatrão com direção de Aldara Bizarro.
Sinopse
Almalaguês é, para muitos, terra de tradição – um lugar onde se entrelaçam tecedeiras, gaiteiros, artesanato e até arroz doce; é também terra de gente que sabe acolher e que traz no corpo estórias para contar. Longe de estar fora do seu tempo, Almalaguês quase poderia ser um ensaio sobre o futuro, sobre para onde queremos ir, como nos queremos relacionar, assentar e comprometer.
Em “Almalaguês”, um grupo de habitantes convida o público a acompanhá-lo em romaria pela sua freguesia. Ao compasso das gaitas de foles, atravessamos o tempo e as memórias dos nossos anfitriões, que nos desafiam a repensar a forma como interagimos e compreendemos o espaço que nos envolve. Ao longo deste caminho – que é físico mas também simbólico – as paisagens transformam-se, as palavras ganham corpo, movimento e aquilo que julgávamos saber abre espaço para novas possibilidades.
M/6
75 min
Entrada livre, sujeita a reserva através da bilheteira da OMT ou da Junta de Freguesia de Almalaguês
25 de julho, 19h30
26 de julho, 19h30
27 de julho, 19h30
Ponto de partida: Rua Principal 125, Almalaguês (40°08'02.4"N 8°23'33.9"W)
info@oteatrao.com
239 714 013
912 511 302
Aldara Bizarro
Artur Fernandes
Carlota Lagido
Claudino Ferreira (coord.) e Nádia Amaral
Alberto Machado, Carmina Bento, Daniela Paiva, Eduardo Coelho, Franquelina Pires, Graça Simões, Guilherme Rodrigues, Henrique Sousa, Idalina Rosa, Leonor Jegundo, Lídia Oliveira, Liliana Machado, Luís Lemos, Maria de Jesus Fileno, Maria de Lurdes Fonseca, Maria de Lurdes Paiva, Maria de Lurdes Correia, Maria Taborda, Rosa Reis, Sofia Rosado, Tomás Machado, Victor Costa.
Ana Cristina Rodrigues, André Lima, António Freire, Artur Fernandes, Dulce Cruz, Fernando Magueta, João Coroado, José Pedro Machado, Linda Pessoa, Mauro Martins
Luís Marujo, Margarida Sousa
Studio And Paul
Carlos Gomes e Teresa Valente
Cátia Oliveira
Eva Tiago e João Santos
Luís Nunes
Cátia Oliveira
Teatrão e Junta de Freguesia de Almalaguês
Agrupamento de Escuteiros 1233 Almalaguês, ADCA – Associação Desportiva e Cultural de Almalaguês, Atelier Cristina Fachada – Tecelagem de Almalaguês, Biblioteca Anexa Municipal de Almalaguês, Centro Paroquial e Bem-Estar de Almalaguês, Residência Sénior do Centro Paroquial e Bem-Estar de Almalaguês, Associação Herança do Passado – Preservação das Tradições Locais, Centro Cultural Desportivo de Anaguéis, Milvoz, CIR – Centro de Instrução e Recreativo de Torre de Bera, Confraria dos Amigos dos Negalhos e da Freguesia de Almalaguês, Grupo Folclórico e Etnográfico “As Tecedeiras de Almalaguês”
A propósito do projeto de intervenção e da criação com a comunidade “Almalaguês”, o Teatrão concebeu um programa de mediação que inclui uma oficina, uma conversa-jantar e caminhadas para podermos aprofundar e alargar a discussão que o espetáculo levanta. A participação é gratuita em todas, mas a inscrição é obrigatória. Formulários disponíveis nos links:
Conversa/Jantar – tinyurl.com/ConversaAlmalagues
Oficina de Gaita de Foles – tinyurl.com/GdFAlmalagues
Percurso para inventar o futuro: Descida à Mata Senhora da Alegria – tinyurl.com/CaminhadaAlmalagues
Consulte todo programa paralelo em detalhe aqui.
Almalaguês é conhecida pela aldeia das tecedeiras onde se faz a tecelagem que tem o mesmo nome da aldeia, tecelagem de Almalaguês. É uma freguesia de Coimbra que fica a 15 minutos da cidade, que ainda tem muitos vestígios da arquitectura original, casas de pedra, com uma pequena escada lateral, um espaço em baixo, e muita vegetação à volta. Está-se no campo embora se esteja tão perto de uma grande cidade.
Na minha primeira visita a Almalaguês fiquei pasmada com o contraste que a aldeia faz com a cidade de Coimbra, devido à sua enorme proximidade, e fiquei também fascinada com a quantidade de associações que ali têm sede e desenvolvem o seu trabalho, criando actividades diversas, quer em Almalaguês quer nos 34 lugares que fazem parte da freguesia.
O meu primeiro interesse foi conhecer as tecedeiras e os gaiteiros, o que conhecia de longe e com quem tinha planeado trabalhar, mas surpreendi-me como a existência dos ranchos, dos pequenos museus das diferentes associações, dos escoteiros, da paróquia, dos cavaquinhos, da Milvoz, uma associação ambiental que adquire terrenos para os reflorestar, e pelo carinho que as pessoas têm em relação aquele lugar.
Parecia que tinha entrado num universo paralelo, num mundo mágico com pessoas muito curiosas, interessadas em participar e muito orgulhosas da sua freguesia, dos lugares onde moram e das actividades que fazem a partir das associações a que pertencem.
Tornou-se claro que era preciso criar uma obra una que mostrasse esta riqueza, a coesão das pessoas, o seu conhecimento, a sua relação com a natureza e o seu território, e também alertar para o futuro deste lugar único. Procurar compreender aquele território, perceber qual a relação que tem com a cidade tendo em conta a sua proximidade, como vivem agora, como viviam no passado, e o que desejam o futuro. Como se preparam para fazer face à voracidade dos tempos, da máquina da economia, das alterações climáticas, como se preparam para a sua mudança. Em suma, imaginamos juntos o futuro daquele lugar.
Aldara Bizarro
(A autora escreve segundo o antigo Acordo Ortográfico)
A segunda colaboração com coreógrafa Aldara Bizarro – que dirigiu para o Teatrão, em 2023, o espetáculo TIME – realiza-se em terras de Almalaguês, freguesia do concelho de Coimbra, onde dirige uma nova criação que parte do encontro entre o património cultural desta freguesia, mais tradicional ou contemporâneo, com a linguagem da dança. Em janeiro de 2025, arrancamos um processo de mapeamento cultural em parceria com a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES-UC), aprofundando as relações já criadas com o tecido associativo local e mobilizando a comunidade para fazer parte do espetáculo e restante programação paralela.