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Teatrão

© 2025 Teatrão – Companhia de Teatro, Coimbra

20.06.25

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CATITA

CATITA é um espetáculo que tem como ponto de partida a troca epistolar entre dois amigos de infância, Pedro e Catita. Enquanto um permaneceu no lugar onde nasceu e cresceu, o outro preferiu viajar até se estabelecer como guia de montanha nos Pirenéus. Ao longo de mais de vinte anos trocaram cartas onde partilhavam o que lhes ia acontecendo, mas é durante a pandemia COVID-19 que Pedro e Catita se voltam a encontrar, passando a quarentena juntos, nas montanhas. Esse tempo é alternado a fazer escalada e a conversar sobre as suas vidas, o seu passado, o que têm vivido e por isso, às vezes, um deseja ser o outro, às vezes desejam trocar de vidas um com o outro, como se pudessem trocar de pele, como se pudessem escolher outra vez, ou então, só pela leveza desse simples exercício de imaginação. Um espetáculo íntimo e pessoal.

Escalar uma montanha chamada “CATITA
CATITA, criação de Pedro Alves, Miguel Catita e Maria Gil, é uma reflexão comovente sobre a passagem do tempo, a evolução das relações e a natureza duradoura do que podemos considerar a verdadeira amizade.
Tudo começou com a entrega de uma cassete de música, no início dos anos 1990. Foi assim que Pedro e Catita se tornaram amigos. Mais tarde, essa amizade será alimentada pela troca de cartas, mas serão as montanhas a enquadrar, em momentos distintos, o reencontro dos dois, entre escaladas e conversas sobre a adolescência num bairro do concelho de Sintra e sobre as diferentes vi(d)as que cada um tem vindo a encadear.
Pegamos no walkman, fazemos fast forward até 2025, passamos as mãos pelo pó de magnésio e iniciamos a escalada desta montanha chamada CATITA, aquele que provavelmente será o espetáculo mais íntimo e pessoal do ator e encenador Pedro Alves no teatromosca. CATITA é uma montanha-espetáculo sobre a amizade, sobre o crescimento e o envelhecimento, sobre ideias e imagens de masculinidade, sobre a memória, sobre subir muito alto, mas também sobre o medo de cair.

A produção
O projeto procura explorar as intrincadas dinâmicas de uma amizade entre dois homens ao longo de três décadas, tendo como pano de fundo o exigente e entusiasmante cenário da escalada em rocha, aqui assumida também como metáfora. Esta produção representa ainda um novo passo num percurso feito de cumplicidades, trocas e colaborações várias entre o teatromosca e a criadora teatral Maria Gil, uma relação que se iniciou há vinte anos, com a criação do espetáculo “.mostra”, a partir de textos do artista chinês Gao Xingjian, dirigido por esta encenadora e dramaturga portuguesa. Hoje, Pedro Alves e Maria Gil voltam a conceber uma criação, movidos por uma paixão comum em explorar e celebrar as ligações profundas que se estabelecem entre indivíduos e refletindo sobre o papel das histórias no teatro contemporâneo, reafirmando a relevância de uma comunicação primordial crua, representada de forma minimalista, simbólica, e onde a palavra se assume como instrumento performativo primordial, procurando “converter o corpo inteiro em voz”, tal como afirma Hans-Thies Lehmann. Apresenta-se assim como uma reflexão comovente sobre a passagem do tempo, a evolução das relações e a natureza duradoura do que podemos considerar a verdadeira amizade.

Reservas na Oficina Municipal do Teatro. Bilheteira online disponível em breve.