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CATITA é um espetáculo que tem como ponto de partida a troca epistolar entre dois amigos de infância, Pedro e Catita. Enquanto um permaneceu no lugar onde nasceu e cresceu, o outro preferiu viajar até se estabelecer como guia de montanha nos Pirenéus. Ao longo de mais de vinte anos trocaram cartas onde partilhavam o que lhes ia acontecendo, mas é durante a pandemia COVID-19 que Pedro e Catita se voltam a encontrar, passando a quarentena juntos, nas montanhas. Esse tempo é alternado a fazer escalada e a conversar sobre as suas vidas, o seu passado, o que têm vivido e por isso, às vezes, um deseja ser o outro, às vezes desejam trocar de vidas um com o outro, como se pudessem trocar de pele, como se pudessem escolher outra vez, ou então, só pela leveza desse simples exercício de imaginação. Um espetáculo íntimo e pessoal.
Escalar uma montanha chamada “CATITA”
CATITA, criação de Pedro Alves, Miguel Catita e Maria Gil, é uma reflexão comovente sobre a passagem do tempo, a evolução das relações e a natureza duradoura do que podemos considerar a verdadeira amizade.
Tudo começou com a entrega de uma cassete de música, no início dos anos 1990. Foi assim que Pedro e Catita se tornaram amigos. Mais tarde, essa amizade será alimentada pela troca de cartas, mas serão as montanhas a enquadrar, em momentos distintos, o reencontro dos dois, entre escaladas e conversas sobre a adolescência num bairro do concelho de Sintra e sobre as diferentes vi(d)as que cada um tem vindo a encadear.
Pegamos no walkman, fazemos fast forward até 2025, passamos as mãos pelo pó de magnésio e iniciamos a escalada desta montanha chamada CATITA, aquele que provavelmente será o espetáculo mais íntimo e pessoal do ator e encenador Pedro Alves no teatromosca. CATITA é uma montanha-espetáculo sobre a amizade, sobre o crescimento e o envelhecimento, sobre ideias e imagens de masculinidade, sobre a memória, sobre subir muito alto, mas também sobre o medo de cair.
A produção
O projeto procura explorar as intrincadas dinâmicas de uma amizade entre dois homens ao longo de três décadas, tendo como pano de fundo o exigente e entusiasmante cenário da escalada em rocha, aqui assumida também como metáfora. Esta produção representa ainda um novo passo num percurso feito de cumplicidades, trocas e colaborações várias entre o teatromosca e a criadora teatral Maria Gil, uma relação que se iniciou há vinte anos, com a criação do espetáculo “.mostra”, a partir de textos do artista chinês Gao Xingjian, dirigido por esta encenadora e dramaturga portuguesa. Hoje, Pedro Alves e Maria Gil voltam a conceber uma criação, movidos por uma paixão comum em explorar e celebrar as ligações profundas que se estabelecem entre indivíduos e refletindo sobre o papel das histórias no teatro contemporâneo, reafirmando a relevância de uma comunicação primordial crua, representada de forma minimalista, simbólica, e onde a palavra se assume como instrumento performativo primordial, procurando “converter o corpo inteiro em voz”, tal como afirma Hans-Thies Lehmann. Apresenta-se assim como uma reflexão comovente sobre a passagem do tempo, a evolução das relações e a natureza duradoura do que podemos considerar a verdadeira amizade.
Reservas na Oficina Municipal do Teatro. Bilheteira online disponível em breve.
M/12
60 minutos
4-10€
25 de setembro, 19h
info@oteatrao.com
912 511 302
239 714 013
Pedro Alves, Miguel Catita e Maria Gil
Margarida Madeira
Pedro Alves
Rafael Barreto
Alex Gozblau
Diogo Graça
Carlos Arroja
Pedro Silva
Joaquim Guerreiro
Inês Oliveira
Catarina Lobo
Ana Pires, Artur Palma, Cristiano Sousa, Daniela Silva, Joana Lopes, Joana Mendes, Margarida Lima e Matilde Pereira
Catarina André
Altíssimo Lisboa
Rádio Alta Tensão
República Portuguesa – Cultura | DGARTES – Direção-Geral das Artes e Câmara Municipal de Sintra