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Teatrão

© 2024 Teatrão – Companhia de Teatro, Coimbra

01.10.24

Último episódio do podcast disponível no arquivo!

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O Tamanho das Coisas + Oficina “Como desenhar um território?”

Sinopse:
A determinado momento numa geografia desconhecida e sem qualquer razão aparente, um homem interrompe o seu caminho parando em pleno oceano. Da comparação entre o seu corpo e a escala avassaladora do que o rodeia levanta a questão: será que deve continuar? Até onde vai a utopia de que os heróis resistem infinitamente ao próprio cansaço? Vamos então analisar em conjunto: poderão todas as coisas medir a sua importância pela sua escala de tamanho? Será que nos vemos como gigantes?

Sobre o espetáculo:
O Tamanho das Coisas investiga a vida de um homem que está continuamente a mudar de dimensão; ora a crescer até se tornar um gigante a sapatear por entre cidades liliputianas, ora a encolher até uma escala microscópica, quando a menor racha no chão passa a ser um abismo intransponível. Ou será o mundo ao seu redor que está a mudar? À partida, o tamanho costuma indicar-nos a importância das coisas. Monumentos, arranha-céus, muros com centenas de quilômetros de extensão, montanhas a serem conquistadas, jogadores de basquete da NBA. Quem seria capaz de se orientar num mundo que parece ter sido construído para desafiar as nossas perceções, como uma sala de espelhos distorcidos em que o incrivelmente pequeno e o incomensurável coexistem? Ou como no império imaginário descrito por Jorge Luís Borges, em que os cartógrafos criaram um mapa do tamanho exato do império, a coincidir em todos os pontos. Um mapa que não serve à orientação, mas com lagos, vales e florestas onde os viajantes poderiam se perder para sempre. Este é um monólogo criado à medida para o ator Paulo Azevedo, que nasceu sem braços e pernas e vem construindo a passos largos uma carreira singular no teatro e na televisão.

 

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Fotografias do espetáculo

© Filipe Ferreira

Como desenhar um território?

Oficina de criação teatral
9 de novembro, 10h-17h
Oficina Municipal do Teatro

Conceção e coordenação: Marco Paiva
Público-alvo: artistas profissionais, amadores, estudantes ou interessados em artes cénicas, M18, com e sem deficiência e S/surdos

Frequência gratuita mediante inscrição prévia para o e-mail terraamarelacultura@gmail.com

A construção de um espaço comum é uma ação em constante movimento. O sucesso dessa construção depende em larga escala da nossa capacidade de alimentar um diálogo permanente com esse mesmo espaço, de nos mantermos atentos às suas mutações e de agirmos estrategicamente sobre a sua diversidade. Observar, escutar, pôr em contacto, transformar e agir sobre esse espaço é uma rotina saudável que nos une a um bem comum. E se a estratégia formal desta ação é preciosa, a sua dimensão criativa e poética não é menos importante. Somos, esperançosamente, na mesma medida, racionais e emocionais, estrategas e poetas, concretos e emocionalmente desejosos de sermos o mais felizes possível. É a partir desta dicotomia que esta oficina de criação propõe um encontro: gente extraordinariamente racional que se apaixona pelo invisível para transformar o que já existe em algo melhor. Tudo isto através da extraordinária capacidade da arte de tornar visível o que está já ali ao virar da esquina.