© 2024 Teatrão – Companhia de Teatro, Coimbra
TIME inicia um novo ciclo de trabalho do Teatrão dedicado à reflexão e ação sobre o mundo contemporâneo intitulado “Tempo de…”. Decidimos pensar sobre a própria ideia de tempo e fazê-lo para públicos a partir da adolescência num encontro com uma artista convidada – a bailarina, coreógrafa e pedagoga Aldara Bizarro – que continuará connosco mais um tempo para dirigir um projeto com
a comunidade. Para nós é sempre tempo de arriscar cruzar linguagens e metodologias de trabalho, pontos de vista e opiniões. Juntar tempos de diferentes vidas e experiências, acelerar e desacelerar os corpos e a matéria que se fazem também palavra. Este é um espetáculo onde perguntamos quanto tempo
precisamos para subir ao cimo de uma montanha e parar para contemplar a paisagem ou o que existia antes do tempo da terra ser terra ou se continuamos a brilhar depois da vida acabar.
TIME é tempo de estarmos juntos, dentro de uma sala de teatro a brincar.
TEATRÃO
TIME, é uma peça de dança, criada para duas actrizes e um ator, que se desenvolve em torno da enorme complexidade que é o tempo. É uma peça dirigida a jovens, que procura proporcionar a compreensão da natureza do tempo, quer do ponto de vista da sua linearidade, passado, presente, futuro, quer do ponto de vista da sua enorme subjectividade, uma vez que sem relógios, cada um interpreta o tempo de maneira diferente, sujeitos à influência das condições do momento.
O tempo é um daqueles assuntos que toda a gente já ouviu falar, mas muito pouca gente sabe exatamente o que é. Mas se por um lado a explicação da física de Einstein, que apresenta o tempo como a quarta dimensão da realidade, vem apaziguar divergências que houvesse no mundo da ciência, por outro, confunde-nos ainda mais porque não a conseguimos sentir nem visualizar. Isto acontece fundamentalmente porque as respostas que procuramos assentam num modelo matemático de quatro dimensões – o espaço- tempo maleável – que vem complexificar a tridimensionalidade do mundo que nos rodeia. Sentimos que nos faltam instrumentos. Que não conseguimos ler com clareza.
Desde a antiguidade que homens e mulheres, da filosofia, da física, da matemática, da poesia, da música, das artes, da ficção científica tentam explicar a realidade através do tempo, e nem sempre estão de acordo, mas parece haver pontos em que toda, ou pelo menos muita gente, concorda, o tempo para os humanos não volta atrás, é irreversível, ficamos mesmo mais velhos, e o tempo tal como o vivemos na actualidade, cada vez mais, afigura-se não corresponder às necessidades da humanidade, nem do planeta, uma vez que se vive a correr, sem respeitar o tempo da biologia e da natureza, que lhe são inerentes, dificultando assim a própria existência.
E é assim, nesta peça, a que demos o nome TIME, que nos desafiámos a mergulhar nas várias teorias e descobertas em torno do tempo, para de forma sensível e divertida apresentarmos o alerta que o tema nos suscita e o fascínio que o tema nos revela.
Aldara Bizarro
*A autora escreve de acordo com a antiga ortografia
Criação do Teatrão Língua Gestual Portuguesa incluída no espetáculo
12+
60 minutos
9 de março – Teatro Municipal de Ourém
239 714 013 (Chamada para a rede fixa nacional)
912 511 302 (Chamada para a rede móvel nacional)
info@oteatrao.com
Aldara Bizarro
João Santos, Margarida Sousa, Sofia Coelho
Inês Lino – no âmbito do Estágio Curricular LGP da ESEC
Pedro Oliveira (ESEC)
André Barata (Filosofia) e Helena Caldeira (Física)
Jonathan de Azevedo
Morgana Machado Marques
Luís Pedro Madeira
Margarida Sousa, Luís Marujo
Paul Hardman (Studio And Paul)
Carlos Gomes, Mário Canelas Paulo Abrantes e Teresa Valente
Carlos Gago (Ilídio Design)
Lídia Ribeiro
Isabel Craveiro
Cátia Oliveira
Diogo Figueiredo, Jonathan Azevedo e Nuno Pompeu
João Santos e Margarida Sousa
Beatriz Guinapo, Clara Alves, Isabel Batista, Isabella Rebelo, Iara Lopes, Filipe Gomes, Gabriela Martins, Guilherme Curado, Hélder Carvalho, Inês Amaro, Inês Alves, Laura Costa, Margarida Quadros, Maria Paula Albuquerque, Maria José Silva, Mariana Martins, Maria Ana Moita, Matilde Pereira, Pedro Lemos, Sofia Rosado.